quinta-feira, 25 de março de 2010

A importância de Esportes como o Surf para a Saúde E Bem estar do Ser

Um esporte saudável que te faz deslizar sobre as águas e ficar mais feliz

Um dos 
esportes litorâneos mais populares do mundoAlém de saudável, o surfe 
desestressa. Na foto, Jeronimo Bonfim testa a resistência nas águas de 
IlhéusMais uma manobra de Jeronimo Bonfim em Ilhéus. O baiano 
conhece o ofício!O baiano Jeronimo Bonfim em ação nas águas de Ilhéus. 
Escolas de surfe são cada vez mais procuradas por quem quer contato com a
 naturezaO surfista Jeronimo Bonfim desafia as águas de Ilhéus, na BahiaUma 
superonda no Havaí, o paraíso dos surfistas

Deslizar sobre as ondas em cima de uma prancha é uma das sensações mais maravilhosas que alguém pode sentir. É isso o que surfistas de todo o mundo afirmam. Esse esporte, sinônimo de liberdade e saúde, é um dos mais completos e, além de tudo, permite contato único com a natureza.
No entanto, remar com os braços e realizar movimentos com as pernas para se manter em pé na onda requer preparo físico e esforço de todos os músculos. Por conta disso, o surfe melhora a capacidade respiratória e também fortalece a musculatura, principalmente dos membros superiores e do peito.
O surfista profissional e fotógrafo de eventos de surfe Jair Fontes, de Ilhéus (BA), começou a praticar o esporte aos 10 anos de idade. Ele conta que sempre foi apaixonado por aventura e, para ele, não existe idade certa para começar a encarar as ondas. “A maioria das pessoas sente medo de nadar em mar aberto, principalmente aquelas que tiveram algum trauma na infância. Devido a esse bloqueio, a aprendizagem é mais simples para crianças”, explica Jair.
Porém, há tantas escolas de surfe espalhadas pelo litoral brasileiro que fica fácil se jogar no mar. Procurar um profissional experiente é o primeiro passo para quem quer começar a surfar. A única exigência é que o iniciante saiba nadar e tenha algum preparo físico. “Quem possui bom condicionamento terá mais facilidade em aprender a surfar. Por outro lado, o sedentarismo não é um impedimento. Se não há condições de incluir o surfe no dia a dia, o esporte pode ajudar muito como complemento, aos finais de semana”, afirma o surfista de Ilhéus.
A sua companheira de todas as horas será a prancha; por isso, capriche na escolha. Dê preferência àquelas desenvolvidas sob medida e feitas digitalmente. Trata-se do DSD (Digital Surf Design), tecnologia de primeiro mundo que adota um sistema de precisão e rapidez durante a produção. Agora que você já conhece o potencial do surfe, corra para a areia e desestresse!
Crédito das fotos com o surfista Jeronimo Bonfim: Jair Fontes (Ilhéus/BA)

O questionável uso descontrolado de alucinógenos nas religiões...

 Vivemos em um planeta onde cada vez mais o que torna bem sucedida uma pessoa é a exploração positiva das ilimitações presentes em sua mente. 

Talvez isto seja uma justificativa para o crescimento do número de Universidade e Igrejas, mas também do uso descontrolado de alucinógenos durante os cultos de alguns credos.

A História tem nos mostrado ao londo dos tempos que o uso descontrolado de qualquer substância que venha a influenciar quimicamente a mente das pessoas pode ser muito perigoso, não só para a pessoa em si, mas também a todos os que estão a sua volta.

Diante do exposto, cita-se para reflexão um excelente artigo encontrado na Web, da Doutora em psicologia Taeco Carignato:

Nós e as religiões

Taeco Carignato
De São Paulo
Os assassinatos do cartunista Glauco Vilas-Boas e de seu filho Raoni chocaram a nação, despertando polêmicas diversas, às vezes banais, sobre religião, drogas e esquizofrenia. Condena-se o Santo Daime pelo uso de chás alucinógenos em seus rituais, por admitir psicóticos entre os seus seguidores, pelos surtos psicóticos e comportamentos violentos de Carlos Eduardo Sundfeld Nunes (assassino confesso de Glauco e Raoni). Sem dúvida, não se pode deixar de associar a Igreja Maria do Céu à tragédia que ceifou a vida de seu fundador, mas fazer uma relação direta de causa e efeito entre o uso de alucinógenos pelos daimistas e o comportamento violento do jovem Carlos Eduardo é fazer uma análise superficial e rasteira. Pois não se leva em conta as circunstâncias e o longo caminho percorrido por Carlos Eduardo para chegar ao ato.

(foto: Futura Press/ Christian Rizzi/Gazeta do Povo)
Em primeiro lugar, não é necessário que se administre um chá alucinógeno para que se desencadeiem surtos psicóticos. Ocorreram e ocorrem casos de surtos psicóticos em portadores de esquizofrenia e outras formas de transtornos mentais que são ou foram seguidoras de outras seitas religiosas, altamente respeitadas. Um rito, palavra ou atitude de um líder religioso pode desencadear comportamentos violentos. Afinal, os papas João Paulo XX e Bento XVI também não foram vítimas de atentados? E todas as religiões possuem rituais.
O uso de psicoativos em rituais religiosos é tão antigo quanto a própria humanidade. Não somente em religiões animistas dos tempos primordiais e dos homens da natureza. Lembremos que Jesus Cristo em sua última ceia distribuiu pão e vinho aos seus discípulos. E nas bodas de Canaã, transformou água em vinho. Ou seja, os estimulantes também eram usados pelo Filho de Deus.
A questão é que esses atos de partilha e de transformação têm valores simbólicos. Os rituais são representações de aspectos das relações sociais organizadas em torno de fatos acontecidos, construídos ou imaginados. O pão e o vinho ganharam valores simbólicos nos ritos católicos. Não mais se distribui vinho aos fiéis e o pão transformou-se em hóstia. O problema dos seguidores do Santo Daime está na ausência de simbolização da bebida alucinógena. Se precisam de uma droga (concreta) para alcançar graus elevados de consciência (ou inconsciência) e de autoconhecimento é porque existem falhas em suas crenças. Afinal, os santos católicos (alguns especiais) chegavam à elevação mística sem uso de drogas.
Isso não significa que se deva proibir o uso da ayahuasca ou de qualquer outra substância psicoativa em ritos religiosos. O chá alucinógeno já está na cultura. Proibir o seu uso vai lançá-lo na clandestinidade. E o clandestino entra no imaginário popular como algo misterioso, atraente. Envolve o sujeito nas tentativas de superação da interdição. A questão, então, deve centrar em "por que usar" e "como usar" e não na proibição.
Sim, todas as religiões em seu início sofrem perseguições. Os primeiros cristãos foram lançados aos leões. O budismo, também perseguido, quase foi extinto em seu país de origem. Podemos pensar que o Santo Daime também seja vítima de discriminação e preconceito. Isso, porém, não deve impedir que os daimistas reflitam sobre os próprios atos. Não exatamente sobre o consumo do chá alucinógeno, mas de fazê-lo fora do contexto e da cultura em que tais rituais da floresta se desenvolveram. Transmigrá-los sem os devidos cuidados pode gerar fatos como o que aconteceu em Osasco.
Isso não significa que o Santo Daime deva se limitar às florestas. As religiões se expandem com a expansão política e econômica dos povos que a praticam. Os contatos entre as diferentes culturas e religiões geram o chamado sincretismo religioso. Mas a organização dos ritos não pode ser feita com leviandade. Se os valores simbólicos dos rituais não sustentam o sujeito na comunidade, ele surta ou parte ao ato (violento, na maior parte das vezes). A religião tem justamente a capacidade de estabilizar o sujeito em crise psicótica. Se a Igreja Céu de Maria causou efeito contrário - se é mesmo ela a responsável pelo desatino de Carlos Eduardo, pois são muitos os fatores que geraram a tragédia e o crime ainda não foi totalmente esclarecido - é que algo está errado na condução de suas crenças e rituais.
Isso não vale apenas ao Santo Daime. Qualquer rito fora do contexto pode trazer prejuízos. Se pensarmos nos ritos budistas de fusão da mente com a sabedoria dos seres iluminados, podemos pensar, que sem a devida consciência dos significados dos ensinamentos, tais ritos podem levar o sujeito pouco afeito ao contexto oriental às alucinações místicas. Acontece que para o monge budista ou para qualquer outro praticante ritualístico de qualquer religião, tais experiências têm um sentido específico. O que não aconteceu com Carlos Alberto. Ele partiu para o ato. A passagem ao ato. Pois não teve oportunidade para dar significações aos seus delírios. Nesse ponto, o Santo Daime falhou.
As alucinações e os delírios são meios de significação. A partir das interpretações ou da atribuição de sentidos - daí vem a psicanálise - o sujeito pode se relacionar com a realidade que mais desconhece: a realidade de si. Se de um lado, a psicanálise usa a ciência e a linguagem como atribuidoras de sentido, a religião - desde as animistas primitivas até as portadoras de teologias avançadas - é outra das grandes instituições atribuidoras de significações. Nesse sentido, o encontro com a religião pode estabilizar o psicótico.
Lacan criou o conceito de metáfora paterna ou "Nome-do-pai" que possibilita a significação da sexualidade, tirando-a do mundo animal. Não totalmente, pois o simbólico não abarca todo o real, permanecendo sempre um resto sem simbolização.É nesse resto não passível de simbolização que atuam as religiões. Então, a religião sempre vai existir. Pois está na própria constituição da humanidade. 

Taeco Toma Carignato é psicóloga psicanalista e jornalista. Doutora em psicologia social (PUC-SP) e pós-doutora em psicologia clínica (USP), é pesquisadora do Laboratório Psicanálise e Sociedade (USP) e do Núcleo de Pesquisa: Violência e Sujeito (PUC-SP).


 

segunda-feira, 22 de março de 2010

Água mata mais que guerras

Irina Marcelino  
22/03/10 10:30
Mais de metade das camas dos hospitais no mundo estão ocupadas por doentes que beberam má água.
A cada segundo, uma criança morre na sequência de doenças causadas pela má qualidade da água. Por ano, isto significa que todos os anos, 1,8 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem por causa da água que bebem. Repetimos: da água que bebem. A água, esse líquido fundamental à sobrevivência de todos nós, é também o veneno que milhões de pessoas ingerem no mundo inteiro.
Mas não são só as crianças que sofrem com a má qualidade da água. De acordo com dados fornecidos ao Diário Económico pelo Programa do Ambiente das Nações Unidas (UNEP), mais de metade das camas dos hospitais no mundo inteiro estão ocupadas por pessoas cujas doenças são originadas por água contaminada.
E morrem mais pessoas pela água que bebem do que por qualquer outra forma de violência: incluindo as guerras.
Então, por que razão não é a água notícia?, pergunta o Director Executivo da UNEP, em artigo escrito para o Diário Económico sobre o Dia Mundial da Água.
As razões para se falar desse assunto seriam óbvias: grande parte do globo terrestre não tem acesso a água de qualidade. Todos os anos, mais de dois milhões de toneladas de esgotos são deitados ao mar sem qualquer tratamento. E o crescimento das áreas urbanas apenas vai piorar essa situação. Prevê-se que em 2050 a população mundial seja de nove mil milhões de pessoas. Grande parte viverá em cidades sem infraestruturas de apoio como tratamento de esgotos ou saneamento básico. E o que acontecerá então? Que futuro se está hoje a criar?
É isso que as Nações Unidas querem questionar neste Dia Mundial da Água, comemorado hoje, dia 22 de Março e cujo tema este ano é "Água potável para um mundo saudável".
Em Portugal, o estado da água é razoável. Apesar do risco que vai ser, no futuro, a falta de água no nosso território. Na verdade, um terço do nosso país corre o risco de não ter "ouro azul" suficiente dentro de 50 anos.
A falta de água em Portugal pode já começar a ser combatida. Apesar deste combate nunca ser "absoluto", como disse ao Diário Económico Orlando Borges, presidente do Instituto Nacional da Água (INAG), que deixa alguns conselhos para minimizar essa escassez e reduzir o "risco da sua ocorrência, como por exemplo o ordenamento do território, o tratamento adequado das águas residuais, melhores práticas agrícolas, adopção de medidas de incentivo ao uso eficiente da água e ainda o aproveitamento individualizado da água das chuvas."
A qualidade da água em Portugal não é das piores, "existindo frequentemente resultados bons e maus, em função das regiões do país", afirma Miguel Leal, da empresa Bio3, que acrescenta que uma das piores regiões é, precisamente, Lisboa e Vale do Tejo.
Hélder Spínola, da Quercus, analisa os dados do INAG sobre águas superficiais: "Em 2008, para além de 38% dos locais monitorizados apresentarem má qualidade, apenas 28% possuía qualidade boa", diz.
As doenças provocadas pela falta de qualidade da água em Portugal, no entanto, já não são as mesmas de há 50 anos. Apesar de ainda não estar comprovada a ligação directa entre algumas doenças e águas subterrâneas contaminadas por pesticidas provenientes da agricultura existentes em poços, por exemplo. A hepatite e a legionela são algumas das doenças cujo vírus se pode espalhar através da água, disse ao Diário Económico Paulo Diegues, responsável pela divisão de Saúde Ambiental da Direcção Geral de Saúde, que destaca a qualidade das águas de consumo humano em Portugal, a que tem acesso 93% da população. "Houve uma evolução muito considerável no que respeita à distribuição e tratamento das águas em Portugal. Hoje estamos na linha da frente em muitos aspectos".