quarta-feira, 31 de março de 2010

Os Esportes Radicais Harmonizando-te com a Natureza...


Embarque nessa aventura


Fabiana Garbelotto, especial para o Yahoo! Brasil

Marcado pela biodiversidade, o Brasil oferece roteiros para todos os gostos: da escalada ao rafting. Hoje, qualquer atividade de aventura ou radical pode ser realizada nas 5 regiões do país. “As pessoas procuram viagens para relaxar, escapar do dia-a-dia e fazer coisas diferentes, por isso as atividades de aventura tornaram-se as mais procuradas”, afirma Raquel Muller, coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento e Qualificação da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA).

Ainda de acordo com a ABETA, os esportes mais procurados são os que envolvem veículos, sejam os 4x4 ou as motocicletas. Por isso, a gama de oportunidades aumentou nos últimos anos. Os “aventureiros motorizados” costumam viajar mais que pessoas que não têm esse estilo de vida. Eles aproveitam qualquer fim de semana, feriado e as férias para escapar das grandes cidades. “Os praticantes de esportes radicais e de aventura chegam a realizar 5 ou mais viagens ao ano. Tanto para conhecer novos destinos quanto praticar seu hobbie”, diz Raquel.

Para que esses viajantes radicais tenham mais segurança nos destinos que enfrentarão, o Ministério do Turismo em parceria com a ABETA e o SEBRAE desenvolveu, em 2007, o programa Aventura Segura. A iniciativa se baseia na qualificação e profissionalização dos técnicos e empresas que trabalham diretamente com essas atividades. Devido ao forte crescimento da área, essa é uma forma de aprimorar e trazer mais segurança ao setor.

Viagem pelos 5 cantos brasileiros

Confira os destinos mais radicais para quem não dispensa altas cargas de adrenalina como estilo de vida.

Timbó – a capital do rafting

Localizado em Santa Catarina (SC), apenas 184 quilômetros de Florianópolis, é um vale rodeado de montanhas e rios. É possível escutar o som típico de água agitada sob as pedras. Tanto os veteranos como os principiantes nas remadas aproveitam e se aventuram no famoso rafting no Rio Itajaí – Açu. Para os que estão começando, uma boa pedida é o trecho mais básico com 7,5 quilômetros e 11 corredeiras. A parte mais radical fica no município de Ibirama e tem 8 quilômetros, percorridos em duas horas de emoção em corredeiras fortes e contínuas.



A aventura não para por aí. Mountain bike no Vale do Ribeirão e voo livre no Parque Ecológico Freymund Germer – ponto mais alto do município, com 758 metros de altitude – fazem parte das atividades realizadas na região.

Petar e Brotas: da caverna às correntezas

Na região sudeste há vários destinos para aventureiros, porém os mais procurados e conhecidos são Petar e Brotas. O primeiro, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, é destinado àqueles que gostam de explorar cavernas. Formado por mais de 250 grutas ao longo do rio Betary – a mais conhecida é a Santana – a região é rodeada por trilhas, rios e cachoeiras, propícias para praticar o boia-cross. Dada a profundidade, para atravessar algumas cavernas é preciso se guiar por cordas e até passar por baixo d´água.

Já em Brotas, localizada a aproximadamente 260 quilômetros da capital paulista, as atividades são outras: as aquáticas. O rafting é o mais praticado. A descida de rio, passando por corredeiras e quedas de até 3 metros é feita em botes infláveis. Essa prática pode ser realizada à noite, o que traz surpresas diferentes. A descida em cachoeiras, conhecida como canyoning, também faz parte do roteiro. E para agradar todos os gostos, aqueles que querem escalar encontram paredões construídos em locais abertos e fechados.

Monte Roraima: trekking nas alturas

No extremo norte, na fronteira entre Venezuela, Guiana e Brasil, está um dos pontos mais altos do país, com 2.875 metros de altitude. O Monte Roraima, formado por centenas de montanhas, é um mundo à parte com rochas esculpidas pelo vento e pela água, rico em plantas exóticas e coberto por uma constante neblina. A região é ideal para os que gostam de praticar a escalada. Mesmo para os veteranos é um dos pontos de grande dificuldade.

Com dificuldades encontradas no caminho, para subir e descer o monte leva-se pelo menos 6 dias, sendo permitido 2 dias para ficar no topo. Para chegar ao cume, é preciso cruzar a fronteira com a Venezuela. Nessa parte do monte, fica a única falha natural em todo o paredão, que forma uma espécie de grande escadaria natural, que permite ascender caminhando.

Chapada Diamantina: pedalada e muita água

Uma das regiões radicais mais democráticas do Brasil, com opções para iniciantes e veteranos. A cidade no Centro do Bahia tem em seu roteiro o bungee, canyoning, cascading, rapel, tirolesa, mergulho em cavernas, trekking, escalada, voo livre, balonismo, ultraleve e, o mais tradicional, o mountain bike.

Há opções de passeios que oferecem carro de apoio para quem se cansar ou para os que querem curtir a paisagem da ida para aproveitar a adrenalina das descidas, a parte mais emocionante para quem curte a vida sob duas rodas. Na trilha para o pico das Almas, para chegar a um ponto mais altos são cerca de 7 horas de subida e o trecho final requer o uso das mãos para manter o equilíbrio e se locomover com a bike.

Chapada dos Veadeiros e Abismo Anhumas

Na região centro-oeste, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é o destino mais frequentado pelos aventureiros. O local é uma espécie de playground para quem adora aventura e esportes radicais. O “brinquedo” de tirar o fôlego é canyoning. As cachoeiras Água Fria e Almécegas são as responsáveis pela emoção. Além disso, os amantes do trekking têm opções de trilhas longas e curtas – a mais completa tem cerca de 300 quilômetros. Para finalizar as emoções, que tal o "Voo do Gavião"? Trata-se de uma tirolesa com 850 metros de comprimento a uma distância de 1.200 metros. Adrenalina de sobra!



Em Bonito (MS), o Abismo Anhumas, verdadeiro museu da natureza, é outra região que traz muitas emoções aos praticantes. Uma pequena abertura na mata que resulta em um rapel de 72 metros é a grande atração. Aprecie a descida, pois a melhor parte chega no final: é o pouso em uma plataforma flutuante em um lago cristalino, com 80 metros de profundidade.

A vantagem, além de apreciar a beleza natural, é poder fazer duas práticas: depois do rapel, o mergulho. Quem tem o curso e o certificado pode optar pelo mergulho autônomo, ou seja, com cilindro, e descer 18 metros. Os que preferem o snorkel não perdem nada.

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