sexta-feira, 12 de março de 2010

O investimento em Marcas aumentando o valor de empresas e Indústrias sérias diante da agregação de valor a seu nome e também a seus produtos...

Muitas vezes as empresas acabam lutando bravamente, de diversas formas, para criar e gerar produtos e serviços de qualidade e assim construírem seu nome e até mesmo, o seu maior diferencial no mercado. 

Entretanto, muitas vezes também, esquecem-se do principal cuidado que devem ter para preservar o seu nome: registrar a sua marca. 

Diante disto pode ocorrer de uma empresa criada por exemplo no Rio De Janeiro com o exemplar nome de "AbelezaDoCarioca Minimercados" e registrá-lo apenas na junta comercial, deixando de lado a preocupação com o registro de marca. Quando menos espera, seu negócio pode crescer, mas de uma maneira desprotegida, tendo em vista que em outro Estado ou até país, pode aparecer outra empresa com o mesmo nome e valer-se do sucesso e prestigio que deu tanto trabalho na criação daquela.


Contudo, se tal empresa tomar o cuidado de registrar o nome de sua empresa como uma marca, logo que a criar na junta comercial, esta passará a ser protegida e seu nome será único, não correndo o risco de confundir-se com o de outras empresas que podem ser criadas.




O artigo abaixo de  Márcia Greiner/Jornal NH, complementa as linhas anteriores.


Novo Hamburgo - Em um processo que rolou desde 2000, a Freeday, calçadista de Estância Velha, garantiu na Justiça o direito de usar sua marca que vinha sendo questionada, por sua semelhança, pela Freeway Artefatos de Couro, de Franca (SP). Em outra ponta, a hamburguense Marafon, fabricante de molas para elevadores e trens – neste segmento só existem duas produtoras no Brasil – para reaver seu site e nome que vem sendo usado por uma empresa de Piracicaba (SP), também chamada Marafon. Como a metalúrgica gaúcha tinha registrado a marca primeiro, o juiz deu sentença favorável, em primeira instância.

Esses são apenas alguns dos casos bem-sucedidos de empresas que investiram no registro de marcas e revelam que esse procedimento é um bom negócio, pois além de dar proteção e legitimidade, ainda vem carregado de um alto teor de agregação de valor à empresa ao serviço prestado. De acordo com o advogado André Luiz Varella Andreoli, da Andreoli – Marcas & Patentes, de Novo Hamburgo, a cada ano aumenta entre 30% e 40% os registros de marcas e patentes. Apesar de há alguns anos o setor calçadista ser um candidato natural, hoje empresas dos mais diferentes segmentos se municiam desse serviço.

Assim como registrar marcas dá proteção, ao fazer uma patente a empresa ainda segue por outro caminho. Na Máquinas Metal, por exemplo, essa prática rende anualmente prêmios de inovação para a empresa hamburguense, que faz em média cinco patentes por ano. “A Máquinas Metal é hoje uma da indústrias que mais tem patentes no Brasil, já passa das 40”, confirma Andreoli.

Rol extenso

A lista de empresas, que se socorrem do registro de marcas e patentes é longa, sendo ramificadas em diversos setores. Entre elas estão Amapá do Sul, AHB, VT Vídeo, Redecore, as agências de publicidade SPR, Braind e Balística; Calçados Barth, Urban Boards, Ovos Filippsen, Comoto, Farmácia Hamburguesa, Nutrifrango, os restaurantes Più Buono e Italian Place, e as imobiliárias Tempo e Viver Imóveis.

“Os gestores tentam minimizar as pendências no fim do ano”

O fim do ano é o período em que mais cresce a procura pelo registro de marcas e patentes?
André Luiz Varella Andreoli - Nesse período o crescimento fica em torno de 10% a 15%. Isso deve-se ao fato de que geralmente as pessoas e, em especial os gestores tentam minimizar as pendências no fim do ano.

Qual a diferença entre registrar marca ou fazer uma patente?
Andreoli - Com a marca está se protegendo o signo de um produto ou serviço para distingui-lo de outros. Já a patente é um processo para proteger a funcionalidade de um produto diferenciado

Se a empresa faz o registro da marca, ela também precisa fazer a patente?
Andreoli - Não. São coisas independentes.

Por que se deve fazer o registro?
Andreoli - Primeiro, pela tranqüilidade em poder usar o nome, sem correr o risco de terceiros alegarem que se está usando indevidamente. Segundo, se alguém vier usar a marca, a empresa pode acionar judicialmente e tomar medidas para cessar esse uso.

Quais os benefícios?
Andreoli - É um bem imaterial. Hoje, os consumidores se preocupam cada vez mais se a marca tem registro, se tem legitimidade para vender, sem falar que o valor agregado é maior.

Onde e como se registra uma marca ou patente?
Andreoli - No Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). O registro de uma marca leva cerca de dois anos para ser concluído e custa menos R$ 1 mil. Já a patente, como depende do tipo de produto, pode levar entre três a seis anos, com um custo em torno de R$ 2 mil.

Ao entrar com o registro a marca já está protegida?
Andreoli - A partir da data de depósito, a marca já está garantida, mas só a concessão do registro vai dar a efetiva proteção.

Quais as conseqüências para a empresa que não tenha sua marca registrada?
Andreoli - Se alguém registrar ela primeiro, essa empresa que não fez o reconhecimento de sua marca corre o risco de ter que parar de produzir.

Ao se registrar uma marca no Brasil ela também tem proteção internacional?
Andreoli - Não. O mesmo processo deve ser feito no exterior.

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